A uns 3 milhões de anos-luz de distância na galáxia espiral vizinha M33, encontra-se o gigante berçário estelar NGC 604, com 1300 anos-luz de diâmetro, ou quase 100 vezes o tamanho da Nebulosa de Orionte. De facto, das regiões de formação estelar dentro do Grupo Local de Galáxias, NGC 604 é a maior depois de 30 Dourado, também conhecida como Nebulosa da Tarântula na Grande Nuvem de Magalhães. Esta imagem a cores é composta por dados em raios-X (tons azulados) a partir do Observatório Chandra, e dados no vísivel obtidos pelo Hubble, que mostram bolhas cavernosas e cavidades preenchidas por ténues e quentes gases emitindo raios-X. Curiosamente, a própria NGC 604 está dividida por uma parede de gás relativamente frio. No lado Oeste (direita) da nebulosa, medições indicam que o material é provavelmente aquecido, até temperaturas nos raios-X, pelos ventos energéticos de um enxame de 200 estrelas jovens e massivas. No lado Este, as cavidades preenchidas por raios-X parecem ser mais antigas, sugerindo explosões de supernovas no fim da evolução de estrelas massivas, contribuindo para a sua formação.
(retirado de "astronomia on-line" - BOLETIM ASTRONÓMICO - EDIÇÃO N.º 495)
De todas as imagens que podemos ver do Universo, as nuvens de gás e poeiras a que chamamos nebulosas (berços e cemitérios de estrelas), são as que considero mais espantosas.
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