O primeiro “beijo de morte” de dois satélites em órbita
12.02.2009 - 12h04 Dulce Furtado
Aproximaram-se à velocidade vertiginosa de mais de 670 km/h. A colisão era inevitável: um satélite comercial norte-americano de comunicações e um satélite russo não operacional deram o “beijo de morte” em órbita – no primeiro acidente do género no espaço – a quase 800 quilómetros de distância da Terra, algures sobre a Sibéria, revelou hoje a NASA.
O acidente, já confirmado também pelas autoridades espaciais russas, ocorreu na terça-feira e os peritos consideram que não inspira riscos de ameaça séria à Estação Espacial Internacional (ISS).
Os cientistas da NASA varrem agora os céus, em operação de zelosa vigilância, para garantir que a brutal nuvem de detritos provocada pelo embate não se torna num problema maior. “Vão passar-se semanas, pelo menos, antes de termos noção da verdadeira magnitude destas vagas de detritos”, alertava a agência espacial norte-americana, colocando no topo das preocupações o impacto que os detritos possam ter na multiplicidade de satélites de comunicações e de monitorização meteorológica que vagueiam àquela altitude na atmosfera. (...)
Pelo início de 2009, a NASA mapeava quase 18 mil pedaços de detritos na órbita da Terra – considerados apenas os que têm um tamanho igual ou superior a 10 centímetros –, os quais estão permanentemente sob a atenção da Rede norte-americana de Vigilância do Espaço, instituição sob tutela militar que detectou as duas nuvens de detritos provocadas pela colisão de terça-feira.
Pelo início de 2009, a NASA mapeava quase 18 mil pedaços de detritos na órbita da Terra – considerados apenas os que têm um tamanho igual ou superior a 10 centímetros –, os quais estão permanentemente sob a atenção da Rede norte-americana de Vigilância do Espaço, instituição sob tutela militar que detectou as duas nuvens de detritos provocadas pela colisão de terça-feira.
O fantástico robô-lixeiro Wall-E, do filme animado de ficção científica com o mesmo nome, teria já hoje sérias dificuldades em sair da órbita terrestre sem algumas mossas provocadas por restos de satélites mortos ou partes de rockets que explodiram no espaço.
As autoridades espaciais indicam, consensualmente, que o volume de lixo espacial tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, parcialmente devido à destruição intencional de velhos satélites já fora de operacionalidade. A NASA considera até que a situação atingiu um nível de tal gravidade que constitui hoje a maior ameaça aos vaivéns em voo – superior já aos perigos de descolagem e de regresso à Terra.
Podes ler a noticia completa em: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364923
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